domingo, setembro 24, 2006


A Moça.

Depois de uma hora de viagem desembarcamos na beira da rodovia. Iríamos fazer uma pequena caminhada de uns trinta minutos, para encontrar a moça.

O tempo estava nublado tinha chovido a noite e ainda caia uma pequena garoa. Mas nós intrépidas aventureiros estávamos decididos a conhecer a Moça de qualquer jeito. Iria ser minha primeira vez, e a de alguns outros que estavam conosco. A ansiedade e a expectativa eram visíveis aos olhos de todos.

A trilha foi percorrida com tranqüilidade e muita alegria, uns tirando brincadeiras com os outros. E então chegamos. Lá estava ela, parecia nos olhar como desejo, com fome, queria nos engolir. E de certa forma iria.

Nos preparamos e fomos até ela, era uma caverna pequena, um pequeno desnível na entrada para em seguida seguir um caminhamento horizontal, mas cheio de passagens estreitas que teríamos que passar nos arrastando e se nos contorcendo, claro que com a chuva estava tudo enlameado e também muita fezes de morcego no chão, na realidade um verdadeiro rio. Mas o visual e a sede de encontrar o novo nos fez passar por isso tudo facilmente. A gruta tinha muitos adornos característicos, estalactites, estalagmites, uma formação em forma de pata de elefante, e uma outra que encontramos nas paredes parecida com pipocas.

Começamos a trabalhar, uns foram fazer a descrição do lugar e outros foram mapeá-la. Eu fui com a equipe de topografia, fazer medidas dos corredores e salões, assim comecei a aprender como topografar uma caverna, fazer seu desenho e sua descrição técnica. Fomos finalizar os trabalhos já perto do fim da tarde. Foi esse meu primeiro trabalho em uma caverna, o primeiro de muitos que viriam.

Hoje perdi as contas das cavernas que andei. Já faz algum tempo que não vou em uma nova gruta, mas estou me preparado para novos trabalhos, para novas descobertas, para colocar os pés aonde nunca antes alguém pisou.

segunda-feira, setembro 11, 2006


Amor é fogo que arde sem se ver
é ferida que doi e não se sente
é um contentamento descontente
é dor que desatina sem doer
é um não querer mais que bem querer
é um solitário andar entre a gente
é nunca contentar-se de contente
é um cuidar que se ganha em se perder
é querer estar preso por vontade
é servir a quem vence, o vencedor
....................................
....................................
Camões
....................................

sábado, setembro 09, 2006


Apesar dos pesares tento sempre dar um passo a frente.

Algumas vezes por ter trilhado algum caminho que acabou em um abismos tive que dar passos para trás, não sem antes apreciar a linda vista que geralmente tem os abismos, que tirar proveito e lições de todas as situações é sempre bom.

Por isso quero continuar jovem a cada dia que passa, para sempre poder caminhar, sentir o sabor do novo e apreciá-lo com a experiência que só o tempo junto com os calos de quem andou por muitas trilhas podem ter.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Estou cansado.

O dia foi brabo.

Estou com a cabeça fervendo de tanto ver void, float, main, funções, processos, barramentos, tabelas ASCII, sistemas operacionais, C, linux, WOS e tantos termos, definições que estão me deixando louco.

Estou precisado não de colo, mas do aconchego do meu amor. Do calor dela, que é diferente desses 30º C que faz aqui em Fortaleza nessa época do ano, da sua presença para conversarmos entre olhares de quem quer mais do que só palavras, toque sutis que se encaminham para outros não tão sutis. Meu cansaço acabaria ao vê-la, sentir seu perfume, a maciez de sua pela, escutar a musica de sua voz. Quero tê-la em meus braços, ser uno com ela, fazê-la feliz, segura e amada.

Nos novos caminhos se abrem todos os dias, tenho que dar novos passos, enfrentar novos medos, vencer os dragões e os tigres, mas tudo é feito com determinação e propósito de sucesso. Só tudo isso fica com mais sabor quando sei que junto de mim (mesmo que separada por km de distancia) está à mulher que amo para dela receber os louros das vitórias diárias. Porque sem isso como o tempo por mais realizado que esteja sempre faltará algo, estarei incompleto.

quarta-feira, setembro 06, 2006

O Que Nao Se Pode Explicar Aos Normais.
(Catedral)

Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão,
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar,
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer,
Sobre a verdade e a ilusão,
Quem afinal é você,
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer,
Um coração nesse furacão, ilhado onde estiver,
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais,
Sobre o porque de tantos porquês,
E responder
Entre a razão e a emoção eu escolhi você

sábado, agosto 05, 2006

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra
uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
se ele tem assistido às aulas de inglês,
se aprendeu a entrar na internet e encontrar a página do Diário Oficial,
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
se ele continua preferindo Malzebier,
se ela continua preferindo suco,
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados,
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor,
se ele continua cantando tão bem,
se ela continua detestando MC Donald´s,
se ele continua amando,
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os
amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

Miguel Falabella

sexta-feira, julho 21, 2006

Hoje lendo um post em um blog de uma conhecida minha, me fez ter vontade de escrever um pouco, e eu sou péssimo para isso. Ela falava de escolhas, de loucuras e de algumas coisa mais.
Me fez lembrar de um amigo, o Celso, ele sempre me falava para eu escrever sobre as nossas viagens, nossas expedições, nossas loucuras na busca de mais uma nova caverna, de mais uma descoberta, nossas caças a um osso qualquer, um pedaço de pedra diferente, um pedaço de cerâmica, , uma nova entrada para um novo salão, uma nova passagem superior ou inferior. Sempre atrás de algo novo, mesmo que esse novo tivesse milhares de anos.
Muitas vezes fomos apontados como loucos. E ele me chamava atenção para os loucos da Historia, lembram de Santos Dumont, vou mais longe Ícaro (falo sempre de um grego), Marco Pólo, Louis Pasteur, Colombo, Leonardo, Keppler, Picasso, Van Gogh, Vasco da Gama, Tomaz Edson, Albert Sabin, Jesus Cristo, Marconi e muitos outros que em seu tempo foram ditos loucos. Mas mudaram o mundo na saúde, na astronomia, na religião, química e por ai vai. Mudaram o forma das pessoas de verem o mundo. Eu nunca tive a pretensão de chegar perto deles, mas de certa forma segui seus passos. Arrisquei-me em buracos sujos, desconhecidos e que levavam a salões magnificamente lindos. Alguns hoje são até explorados turisticamente. Subi montanha para poder entrar dentro delas e poder pisar em locais que nunca antes alguém foi. E olha que eu não me dou bem com alturas, me dá uma tonteira danada, mas valeu pela sabor dá descoberta. Pelo prazer de ter vivido e poder contar, para vocês, e ser mais um louco...
O que eu quero a dizer é que vale e muito fazer certas loucuras, de tomar certas decisões que algumas vezes não parecem serem lógicas. Arrisque , aposte em você, corra atrás, mesmo que não dê para chegar na frente, mas siga seus sonhos.

No mínimo você terá uma boa estória para contar aos netos.

Obrigado por ler até aqui.

OS: Vou escrever futuramente sobre as minhas viagens as cavernas e a outros locais do meu Ceará e do meu Brasil.

quarta-feira, julho 19, 2006

UM OLHAR DE TERNURA
Artur da Távola


Chego no boteco, a macharia está lá.
Supondo vir a ser compreendido e admirado, todo pimpão, apresso-me em proclamar:
1- Sabem qual foi o lance mais bonito da Copa?
2- Qual? Qual? Já sei, aquele gol do Argentino de fora da área...
1- Nada disso: Tem sido o olhar de ternura do William Bonner para a mulher nas despedidas do Jornal Nacional.
Levo logo uma vaia. Ninguém me compreendeu.

Até de piegas me chamaram, em gozação.
Calo-me, então, a ponto de os demais depois até repararem.

Invento, então, um compromisso e saio antes do fim do papo. A pensar:

Já sei o que os incomodou: a palavra ternura.

O mundo anda precisado de ternura e as pessoas têm medo de demonstrar sentimentos. Mas isso é uma bobagem. Ternura ninguém manifesta sem sentir. É necessário que venha de dentro. É o mais leal dos sentimentos. Ternura não se manifesta: sente-se.
Um marido distante quilômetros e um tempão longe da mulher que ama, vê-la na madrugada e no frio a trabalhar com afinco, mesmo sendo discreto e polido como o Bonner, sabe que ela é mãe de seus trigêmeos e dia desses até se preocupou em dizer que lá estava frio como a significar:

"Vê lá se vai pegar uma gripe. Amanhã venha mais agasalhada."
D'outra feita, havia uma festa dos brasileiros entrando pela madrugada no Hotel e ela encerrava a sua reportagem do lado de fora.

Discreto como sempre, ele quase perguntou:

"Você vai à festa?" (Ou vai dormir, deve ter pensado e calou?)
"Nada de festa, ouviu Madame?" Também esta frasenão pronunciou.

Mas sentiu o ciuminho e o transmitiu subjetivamente.Posso pensar que nós cronistas vemos coisas que os demais não percebem e até desdenham e por vezes eu sei que vivemos nos demais as emoções que estão a pular dentro de nós.Pode ser. Há tanta artificialidade na televisão que aquilo poderia ser combinado.

E concluo: poderia ser, porém não é! O rapaz não é ator.
Quando a casa deles foi invadida por bandidos, todos ameaçados, ele foi valente defensor da família. Arriscou a vida. Do lado de lá (Alemanha) a Fátima é ainda mais encabulada, e parece uma menina a disfarçar ao receber uma cantada. Mesmo do marido.Ora, conclui o velho cronista: receber diante de 60 ou 70 milhões de brasileiros uma declaração de amor através do olhar terno e saudoso do marido é a glória para qualquer uma. Sinal de merecimento.
Fico com a minha conclusão:os meus amigos de boteco deram-me um fora errado. Piegas uma ova: poeta.
Salve o olhar de ternura de um homem por sua mulher, a saudade verdadeira e o cuidado com ela.

É sinal de esperança, de amor e de vida.

segunda-feira, julho 17, 2006

O poder da disciplina
por Raúl Candeloro

Tem um pensador e palestrante norte-americano chamado Jim Rohn que aprendi a respeitar com o passar do tempo. É dele, por exemplo, a seguinte frase: "Tenho pena das pessoas que têm um restaurante favorito, mas não tem um autor ou livro favorito. Pois elas sabem onde alimentar seu corpo, mas matam de fome sua alma".
Gosto também da visão dele sobre o fracasso. Rohn diz que o fracasso não é um evento isolado, um cataclisma. Raramente falhamos da noite para o dia. Na verdade, para ele o fracasso é geralmente o resultado inevitável de um acúmulo de pensamentos e decisões erradas. Simplificando, o fracasso não é nada mais do que alguns erros de julgamento repetidos todos os dias.
Pequenos erros - Mas porque alguém faria isso?, você pode se perguntar. Fácil. Porque a pessoa acha que aquilo não fará diferença. Pequenos erros, uma hora desperdiçada aqui, outra ali, etc., não parecem ter grande efeito imediato. É a mesma lógica dos fumantes - um cigarro não mata, então vou fumar outro mais. Já sabemos como vai terminar esta história.
Por exemplo, se você não leu pelo menos um livro nos últimos 30 dias, essa falta de disciplina não parece afetar sua vida. E como nada de ruim aconteceu, parece que podemos repetir isso por mais 30 dias. Nada acontece novamente, e quando você vai ver passou um ano inteiro sem ler. Ou sem fazer exercício. Ou sem prospectar novos clientes. Ou sem dizer a uma pessoa importante o quanto a ama. Aliás, pior do que não fazer alguma coisa é não notar como isso pode fazer diferença!
Dia do juízo - As conseqüências raramente são instantâneas. Ao contrário - elas se acumulam até que inevitavelmente o dia do juízo finalmente chega e devemos pagar pelo preço das decisões erradas que tomamos. Decisões que, quando tomadas, pareciam pouco importantes. Mas que somadas com o passar do tempo, transformam-se numa bola de neve incontrolável.
O problema é justamente a sutileza. No curto prazo pequenos erros realmente não parecem causar efeito algum. Na verdade, nem parece que estamos fazendo algo errado. Como nada acontece imediatamente, vamos navegando pela vida, achando que está tudo bem, mas por baixo da superfície uma grande onda, um verdadeiro tsunami de conseqüências está se formando. Como o céu não caiu na nossa cabeça ontem, achamos que hoje também não vai acontecer. Simplesmente porque repetimos os mesmos erros, pensamos os mesmos pensamentos errados, escutamos as vozes e conselhos errados e fazemos as escolhas erradas.
Grito de alerta - Quando somos crianças, aprendemos rapidamente a não colocar a mão na tomada. Ou você coloca e leva um choque que nunca mais vai esquecer, ou escuta tantos gritos dos pais que acaba aprendendo. Mas na vida raramente isso acontece. O fracasso poucas vezes dá gritos de alerta.
Felizmente podemos transformar essa fórmula do fracasso na fórmula do sucesso. É simples: um pouco de disciplina praticada todos os dias. Para começar, você tem que entender, de uma vez por todas, que o futuro é o que você colhe do que plantou hoje. Você pode se arrepender ou ser premiado amanhã, e quem vai decidir isso é você mesmo, fazendo o que fizer hoje. O problema é que a maioria das pessoas está tão mergulhada no presente que esquece de pensar e planejar seu futuro. Não mede as conseqüências (inevitáveis) de tudo o que fazem ou deixam de fazer.
Resultados imediatos - De acordo com Jim Rohn, uma das coisas mais formidáveis sobre essa fórmula do sucesso - um pouco de disciplina praticada todos os dias - é que ela já traz resultados imediatos. Ao trocarmos voluntariamente erros diários por disciplina diária, experimentamos resultados positivos em curto espaço de tempo. Quando mudamos nossa dieta, nosso corpo, pele e cabelo melhoram junto. Quando começamos a fazer exercícios, nosso nível de energia melhora imediatamente. Quando começamos a ler, um mundo novo se abre imediatamente na nossa frente. Quando prospectamos clientes, novas vendas começam imediatamente a surgir.
Por isso lembre-se: troque os pequenos erros pelos pequenos acertos, e com o passar do tempo isso se transformará numa grande onda de prosperidade na sua vida.

sexta-feira, julho 14, 2006




Aos meus amigos !!!

Se eu eu morrer antes de você, faça-me o favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. e me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: -"Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!" Aí então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.... Ser seu amigo, já é um pedaço dele...."
Chico Xavier

domingo, julho 09, 2006

Essa musica me lembra uma mulher linda, que chegou na minha vida feito um furacão, destruindo e renovando minha vida.


O Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos

A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente
Dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente o seu sentido,
As datas, fatos e aniversários passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fuiE eu não vou
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos

Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê- la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irrealpossível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos


Cássia Eller

quarta-feira, julho 05, 2006

"As boas ações não devem ser fruto de normas e de repressões, mas partir espontaneamente de um impulso generoso de amor pelo próximo e do desejo de semear o bem. Virtude é mais a habilidade de resolver os próprios problemas do que promover, a força, a felicidade alheia."
Autor Desconhecido
Hoy bebo a tu salud, mi bella bailarina te dibujo la luna, te regalo mi paz se apaga la ciudad,nos da las buenas noches y tomaremos vino, hablando como amigos me bailaras un tango sobre mi ombligo flaco

Piero

terça-feira, julho 04, 2006


"Ninguém lhe ensina a ser você mesmo, a viver sua própria vida. A sonha, a ter esperança.
Ninguém ensina você a ter ousadia, a fazer sua opção.
Ninguém ensina você a beijar, a amar, a criar, a ter talento, a rir de você mesmo.
Ninguém ensina você a ter atitude.
Ninguém ensina você a encontrar seu momento.
Ninguém ensina você a descobrir prazeres, a saborear.

Temos muito que aprender. Mas tem coisa que ninguém ensina."

Autor Desconhecido

segunda-feira, julho 03, 2006

O coração do homem é uma ave sem asas.

Lá vai o velho, caminhando a passos lentos. Para ele não há incertezas. Poderia apresar-se, mas pode perder a hora, o tempo lhe faculta o domínio.

Na vitrine, observa. Jovens conectados a internet não falam, pior, abreviam as palavras de forma esdrúxula. É a hora do espanto. Não poder ver o sol, nem as enzimas. O jovem transgride, pena e rotula.

O mal estar moderno é cheio de contrapontos, quem tem dez anos, odeia os que têm vinte. Quem tem vinte, espera saber tudo, condena os que chegaram aos trinta. Os doutores dos trinta pensam que os que chegaram aos quarentas é bom excluí-los.

Permitam-me o parêntesis: - filhos mais longe dos pais.

O velho abandona a vitrine e segue sua caminhada segura a contemplar rostos. Negros lhe lembram cotas, mas vestidos - a favela, e os bem trajados - marketing. A santa idiotice grifou as pessoas, da passarela ao congresso, os tempos na medida do olho.

Chega até a praça, senta-se. Observa monumentos que foram pichados em nome da audácia; que vergonha! Pensa em valores culturais, que valores? Poucos terão tempo de ler um livro, a vã filosofia está nas bibliotecas e nós estamos muito apressados.

Levanta-se, vai até o carrinho do pipoqueiro. Olha a retaguarda, cuidado com o dinheiro! Manuseia o bolso, sabe que têm umas poucas moedas, não dá para impressionar. Lembra-se: as impressões são as que valem, não interessam nossas digitais. Passado, história, que importância tem tudo isso? O que vale é: toma lá, da cá.

Ele sabe, se você não tiver algo material a oferecer, nem bom dia se recebe.

JOSÉ ALBERTO MENSAGEIRO
ABRINDO OS OLHOS...
(J. S. Abreu)

Quando não há nada mais a ser dito, silencia.

Quando não há mais nada a ser feito, permitas apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires.

Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranqüilidade, descansa e refaz tua energia. Não há pressa, a prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.


Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado. É necessário descobrirmos-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável.

Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.

Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.

Não te preocupes, se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver.

Confia e vai em teu caminho de paz. Nada é mais gratificante que ver alguémemergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.

Ela sempre esteve presente...
Era só abrir os olhos...

domingo, junho 11, 2006

Gostava tanto de você
(Tim Maia)

Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou a minha vida
Viveu, morreu, na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate...
E eu... Gostava tanto de você, gostava tanto de você...
Eu corro e fujo destas sombras
Em sonhos eu vejo esse passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em vocêE eu...
Gostava tanto de você, gostava tanto de você...

quinta-feira, março 16, 2006

EU TE AMO NÃO DIZ TUDO!
Arnaldo Jabor
"O cara diz que te ama... então tá! Ele te ama. Assunto encerrado.Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhasmágicas. Mas saber ser amado é uma coisa, SENTIR-SE amado é outra, uma diferença de quilômetros.A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-seamado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pelasua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em vocêquando for preciso.Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,e vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz quevocê está fazendo uma tempestade em copo d'água.Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam amágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidãorespeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-seamado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, masfala; quem não concorda, mas escuta.Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"

sexta-feira, março 10, 2006

Insônia


Disse Antone Saint-Exupéry no livro ?Vôo Noturno?: se as insônias de um músico o fazem criar obras belas, são belas as insônias.
Realmente belas são as insônias que nos fazem refletir sobre o passado, quando nos fazem criar projetos para o futuro, quando nos faz ponderar sobres nossa atitudes do momento presente. Elas podem nos ensinar como aproveitar a noite de forma mais útil, produzindo idéias que se tornarão ações ao amanhecer. Isso claro para alguns, para outros a insônia é incomodo que trará uma sensação de sono no decorrer do dia que seguirá.

sábado, fevereiro 25, 2006

Yeah...
All is quiet on New Year's Day
A world in white gets underway
I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes on New Year's Day
On New Year's Day
I will be with you again
I will be with you again
Under a blood red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspapers says, says
Say it's true it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one
I...I will begin again
I...I will begin again
Oh... Maybe the time is right
Oh...maybe tonight...
I will be with you again
I will be with you again
And so we're told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day

U2- new years day
Bicho de 7 Cabeças
Zé Ramalho

Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça

Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças

Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça

Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Se tu viesses ver-me

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanda.

sábado, fevereiro 18, 2006

O melhor guerreiro não ataca. O lutador superior vence sem violência. O maior dos conquistadores vence sem esforço. O gerente mais bem sucedido dirige sem impor. Isso é chamado não agressividade inteligente. Isso é chamado superioridade dos homens.
Tao Te King - Lao Tsé
" Se você escala uma montanha, você não pode ficar olhando para cima, para o pico, para o que ainda falta subir, para o que parece impossível e nem para baixo que pode dar vertigem. Você se concentra onde está, no movimento do próximo passo.

A vida é aqui e agora, para baixo não olho, para cima não posso ver. Desfruto o prazer do trajeto. Fazer é ir fazendo"


Bruna Lombardi
A GENTE SE ACOSTUMA

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita seus mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz,aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição.

Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colassanti

sábado, fevereiro 11, 2006

"SER FELIZ OU TER RAZÃO"

Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos. O endereço é novo, assim como o caminho que ela conferiu no mapa antes de sair. Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe que estava errado. Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde. Mas ele ainda quer saber: - Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais. E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite.

MORAL DA HISTÓRIA Essa pequena história foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais frequência:

"Quero ser feliz ou ter razão?"

Pense nisso e seja feliz.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Imagino
( Chrystian Lima / Ivo Lima)

Imagino nós 2 na mesma cama...

Te imagino dizendo que me ama...
Imagino o teu corpo sobre o meu...
E me lembro do calor dos braços teus...
Imagino minha boca procurando feito louca por vc na hora do prazer...
E tudo isso já ficou guardado...
Pra sempre dentro dos meus pensamentos...
Eu vivo das lembranças que vc deixou daquele louco amor...
E quando a saudade insiste,
Insiste... em chegar perto de mim,
Imagino que vc está aqui, meu anjo, meu sonho...
Meu coração te amando, espantando a solidão
E tudo isso já ficou guardado
Pra sempre dentro dos meus pensamentos
Eu vivo das lembranças que vc deixou daquele louco amor
E quando a saudade insiste,
Insiste... em chegar perto de mim,
Imagino que vc está aqui, meu anjo, meu sonho...
Meu coração te amando, espantando a solidão
E se a saudade insiste, insiste... em chegar perto de mim
Imagino que vc está aqui, meu anjo, meu sonho...
Meu coração te amando, espantando a solidão
"Posso ter defeitos,viver ansioso
E ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
Apesar de todos os desafios,
Incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
E se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um oásis
No recôndito da sua alma.É agradecer a
Deus a cada manhãPelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um ?não?.
É ter segurança para receber
Uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas,
Um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

domingo, fevereiro 05, 2006


Na mitologia grega, Quíron era um centauro, metade homem-metade cavalo, filho da união ilícita entre o deus grego imortal Cronos (Saturno), que tomou a forma de um cavalo, e uma mortal, a ninfa do mar Filira. Era neto de Urano (Céu) e Gaia (Terra), meio-irmão de Zeus (Júpiter). Era também um imortal, portanto em parte divino, em parte animal. Rejeitado pela mãe, horrorizada com sua aparência, abandonado pelo pai, a rejeição parental foi sua 1ª ferida.Foi acolhido e educado por Apolo (Sol) e Artemis (Lua) e recebeu deles os ensinamentos que o tornaram um grande sábio; estudou uma ampla variedade de assuntos desde artes, música, poesia, filosofia, lógica, ciência, ética, artes marciais, artes divinatórias e profecias, incluindo Astrologia.Seu lado animal deu-lhe sabedoria terrena e proximidade com a natureza, conhecendo as propriedades medicinais das ervas, ele praticava a cura e a naturopatia. Sua fama como sábio espalhou-se e tornou-se um mestre e educador para muitos filhos de deuses e mortais, iniciou terapeutas, músicos, magos e guerreiros, incluindo Orfeu, Asclépios, Hércules, Jasão, Aquiles. "Quíron preparava as pessoas para serem heróis, ensinando não apenas métodos de sobrevivência, mas valores culturais e éticos, o que os tornava aptos a servirem seus países ou de um todo maior do qual fizessem parte".(Sasportas) Acidentalmente ferido na coxa, (aqui há várias versões, desde a coxa até o pé, mas de qualquer forma em seu lado animal) por Hércules, um de seus alunos, com uma seta envenenada com o sangue da tenebrosa Hidra de Lerna; o veneno era tão potente que fez uma ferida incurável, até mesmo para a medicina de Quíron. Não morreu por ser um imortal, mas sofreu terrivelmente, até que através de um pacto com o titã Prometeu (que havia sido castigado por Zeus por ter roubado o fogo dos deuses e entregue aos homens e estava acorrentado a uma montanha, bicado eternamente no fígado por abutres) Quíron renunciou à sua imortalidade, tomando o lugar de Prometeu e descendo ao Hades e assim ambos libertaram-se de seus sofrimentos.Quíron foi tirado de lá e então transformado por Zeus na constelação do Centauro, em reconhecimento às suas muitas realizações positivas e, para desta posição elevada poder ser uma inspiração visível para toda a humanidade.

Assim, Quiron é uma criatura meio animal e meio humana, combinando as partes escuras, instintivas e naturais com o lado racional e espiritual. Astrológicamente, ele representa a sabedoria, a paciência e o domínio do espírito sobre a escuridão interior. E os instintos animais. Devido à sua própria ferida incurável, ele possui um profundo conhecimento do sofrimento em todas as suas formas. Isso faz com que ele consiga alcançar no seu mais profundo íntimo, o conhecimento capaz de curar qualquer ferida humana, com sabedoria e segurança.
Como foi no dia do casamento de Peleu e Tétis, Quiron dá boas vindas aos que chegam, sejam Deuses ou mortais. Que todos fiquem a vontade.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006