sexta-feira, julho 21, 2006

Hoje lendo um post em um blog de uma conhecida minha, me fez ter vontade de escrever um pouco, e eu sou péssimo para isso. Ela falava de escolhas, de loucuras e de algumas coisa mais.
Me fez lembrar de um amigo, o Celso, ele sempre me falava para eu escrever sobre as nossas viagens, nossas expedições, nossas loucuras na busca de mais uma nova caverna, de mais uma descoberta, nossas caças a um osso qualquer, um pedaço de pedra diferente, um pedaço de cerâmica, , uma nova entrada para um novo salão, uma nova passagem superior ou inferior. Sempre atrás de algo novo, mesmo que esse novo tivesse milhares de anos.
Muitas vezes fomos apontados como loucos. E ele me chamava atenção para os loucos da Historia, lembram de Santos Dumont, vou mais longe Ícaro (falo sempre de um grego), Marco Pólo, Louis Pasteur, Colombo, Leonardo, Keppler, Picasso, Van Gogh, Vasco da Gama, Tomaz Edson, Albert Sabin, Jesus Cristo, Marconi e muitos outros que em seu tempo foram ditos loucos. Mas mudaram o mundo na saúde, na astronomia, na religião, química e por ai vai. Mudaram o forma das pessoas de verem o mundo. Eu nunca tive a pretensão de chegar perto deles, mas de certa forma segui seus passos. Arrisquei-me em buracos sujos, desconhecidos e que levavam a salões magnificamente lindos. Alguns hoje são até explorados turisticamente. Subi montanha para poder entrar dentro delas e poder pisar em locais que nunca antes alguém foi. E olha que eu não me dou bem com alturas, me dá uma tonteira danada, mas valeu pela sabor dá descoberta. Pelo prazer de ter vivido e poder contar, para vocês, e ser mais um louco...
O que eu quero a dizer é que vale e muito fazer certas loucuras, de tomar certas decisões que algumas vezes não parecem serem lógicas. Arrisque , aposte em você, corra atrás, mesmo que não dê para chegar na frente, mas siga seus sonhos.

No mínimo você terá uma boa estória para contar aos netos.

Obrigado por ler até aqui.

OS: Vou escrever futuramente sobre as minhas viagens as cavernas e a outros locais do meu Ceará e do meu Brasil.

quarta-feira, julho 19, 2006

UM OLHAR DE TERNURA
Artur da Távola


Chego no boteco, a macharia está lá.
Supondo vir a ser compreendido e admirado, todo pimpão, apresso-me em proclamar:
1- Sabem qual foi o lance mais bonito da Copa?
2- Qual? Qual? Já sei, aquele gol do Argentino de fora da área...
1- Nada disso: Tem sido o olhar de ternura do William Bonner para a mulher nas despedidas do Jornal Nacional.
Levo logo uma vaia. Ninguém me compreendeu.

Até de piegas me chamaram, em gozação.
Calo-me, então, a ponto de os demais depois até repararem.

Invento, então, um compromisso e saio antes do fim do papo. A pensar:

Já sei o que os incomodou: a palavra ternura.

O mundo anda precisado de ternura e as pessoas têm medo de demonstrar sentimentos. Mas isso é uma bobagem. Ternura ninguém manifesta sem sentir. É necessário que venha de dentro. É o mais leal dos sentimentos. Ternura não se manifesta: sente-se.
Um marido distante quilômetros e um tempão longe da mulher que ama, vê-la na madrugada e no frio a trabalhar com afinco, mesmo sendo discreto e polido como o Bonner, sabe que ela é mãe de seus trigêmeos e dia desses até se preocupou em dizer que lá estava frio como a significar:

"Vê lá se vai pegar uma gripe. Amanhã venha mais agasalhada."
D'outra feita, havia uma festa dos brasileiros entrando pela madrugada no Hotel e ela encerrava a sua reportagem do lado de fora.

Discreto como sempre, ele quase perguntou:

"Você vai à festa?" (Ou vai dormir, deve ter pensado e calou?)
"Nada de festa, ouviu Madame?" Também esta frasenão pronunciou.

Mas sentiu o ciuminho e o transmitiu subjetivamente.Posso pensar que nós cronistas vemos coisas que os demais não percebem e até desdenham e por vezes eu sei que vivemos nos demais as emoções que estão a pular dentro de nós.Pode ser. Há tanta artificialidade na televisão que aquilo poderia ser combinado.

E concluo: poderia ser, porém não é! O rapaz não é ator.
Quando a casa deles foi invadida por bandidos, todos ameaçados, ele foi valente defensor da família. Arriscou a vida. Do lado de lá (Alemanha) a Fátima é ainda mais encabulada, e parece uma menina a disfarçar ao receber uma cantada. Mesmo do marido.Ora, conclui o velho cronista: receber diante de 60 ou 70 milhões de brasileiros uma declaração de amor através do olhar terno e saudoso do marido é a glória para qualquer uma. Sinal de merecimento.
Fico com a minha conclusão:os meus amigos de boteco deram-me um fora errado. Piegas uma ova: poeta.
Salve o olhar de ternura de um homem por sua mulher, a saudade verdadeira e o cuidado com ela.

É sinal de esperança, de amor e de vida.

segunda-feira, julho 17, 2006

O poder da disciplina
por Raúl Candeloro

Tem um pensador e palestrante norte-americano chamado Jim Rohn que aprendi a respeitar com o passar do tempo. É dele, por exemplo, a seguinte frase: "Tenho pena das pessoas que têm um restaurante favorito, mas não tem um autor ou livro favorito. Pois elas sabem onde alimentar seu corpo, mas matam de fome sua alma".
Gosto também da visão dele sobre o fracasso. Rohn diz que o fracasso não é um evento isolado, um cataclisma. Raramente falhamos da noite para o dia. Na verdade, para ele o fracasso é geralmente o resultado inevitável de um acúmulo de pensamentos e decisões erradas. Simplificando, o fracasso não é nada mais do que alguns erros de julgamento repetidos todos os dias.
Pequenos erros - Mas porque alguém faria isso?, você pode se perguntar. Fácil. Porque a pessoa acha que aquilo não fará diferença. Pequenos erros, uma hora desperdiçada aqui, outra ali, etc., não parecem ter grande efeito imediato. É a mesma lógica dos fumantes - um cigarro não mata, então vou fumar outro mais. Já sabemos como vai terminar esta história.
Por exemplo, se você não leu pelo menos um livro nos últimos 30 dias, essa falta de disciplina não parece afetar sua vida. E como nada de ruim aconteceu, parece que podemos repetir isso por mais 30 dias. Nada acontece novamente, e quando você vai ver passou um ano inteiro sem ler. Ou sem fazer exercício. Ou sem prospectar novos clientes. Ou sem dizer a uma pessoa importante o quanto a ama. Aliás, pior do que não fazer alguma coisa é não notar como isso pode fazer diferença!
Dia do juízo - As conseqüências raramente são instantâneas. Ao contrário - elas se acumulam até que inevitavelmente o dia do juízo finalmente chega e devemos pagar pelo preço das decisões erradas que tomamos. Decisões que, quando tomadas, pareciam pouco importantes. Mas que somadas com o passar do tempo, transformam-se numa bola de neve incontrolável.
O problema é justamente a sutileza. No curto prazo pequenos erros realmente não parecem causar efeito algum. Na verdade, nem parece que estamos fazendo algo errado. Como nada acontece imediatamente, vamos navegando pela vida, achando que está tudo bem, mas por baixo da superfície uma grande onda, um verdadeiro tsunami de conseqüências está se formando. Como o céu não caiu na nossa cabeça ontem, achamos que hoje também não vai acontecer. Simplesmente porque repetimos os mesmos erros, pensamos os mesmos pensamentos errados, escutamos as vozes e conselhos errados e fazemos as escolhas erradas.
Grito de alerta - Quando somos crianças, aprendemos rapidamente a não colocar a mão na tomada. Ou você coloca e leva um choque que nunca mais vai esquecer, ou escuta tantos gritos dos pais que acaba aprendendo. Mas na vida raramente isso acontece. O fracasso poucas vezes dá gritos de alerta.
Felizmente podemos transformar essa fórmula do fracasso na fórmula do sucesso. É simples: um pouco de disciplina praticada todos os dias. Para começar, você tem que entender, de uma vez por todas, que o futuro é o que você colhe do que plantou hoje. Você pode se arrepender ou ser premiado amanhã, e quem vai decidir isso é você mesmo, fazendo o que fizer hoje. O problema é que a maioria das pessoas está tão mergulhada no presente que esquece de pensar e planejar seu futuro. Não mede as conseqüências (inevitáveis) de tudo o que fazem ou deixam de fazer.
Resultados imediatos - De acordo com Jim Rohn, uma das coisas mais formidáveis sobre essa fórmula do sucesso - um pouco de disciplina praticada todos os dias - é que ela já traz resultados imediatos. Ao trocarmos voluntariamente erros diários por disciplina diária, experimentamos resultados positivos em curto espaço de tempo. Quando mudamos nossa dieta, nosso corpo, pele e cabelo melhoram junto. Quando começamos a fazer exercícios, nosso nível de energia melhora imediatamente. Quando começamos a ler, um mundo novo se abre imediatamente na nossa frente. Quando prospectamos clientes, novas vendas começam imediatamente a surgir.
Por isso lembre-se: troque os pequenos erros pelos pequenos acertos, e com o passar do tempo isso se transformará numa grande onda de prosperidade na sua vida.